quinta-feira, 28 de julho de 2011

Como o Espiritismo vê a prática do aborto?

O aborto é sempre um assunto polêmico. Não vamos entrar aqui, no aspecto legal (ou jurídico) do tema. Vamos tratar apenas de como a Doutrina Espírita encara o assunto.

O aborto é crime, não importando a idade fetal e sim a vida que ali existe. Não pertence à mãe e nem ao pai a decisão de tirar uma vida, e sim a Deus. Somente Ele saberá quando estiver cumprida nossa missão e já estivermos prontos para partir.
O Espiritismo é contra o aborto que é crime nas leis de Deus, como na dos homens. Na lei dos homens o aborto é permitido nos casos de estupro ou quando existe risco de vida para a mãe levar a gestação até o final.

A Doutrina Espírita trata dessa questão no Livro II - Cap. VII de forma bem clara. O aborto provocado é um crime. Toda vez que a lei de Deus é transgredida há um crime. Uma mãe, ou qualquer outra pessoa cometerá crime sempre que tirar a vida de uma criança antes do nascimento, pois está impedindo uma alma de suportar as provas de que serviria de instrumento o corpo que estava se formando.

Nos casos de estupro, há de se perguntar, que crime cometeu a criança para que lhe seja imputada a responsabilidade por um delito no qual ela não tomou parte? Portanto, mesmo quando uma gestação decorre de uma violência, como o estupro, a posição Espírita é absolutamente contrária à proposta do aborto, ainda que haja respaldo na legislação humana. No caso de estupro, quando a mulher não se sinta com estrutura psicológica para criar o filho, cabe à sociedade e aos órgãos governamentais facilitar e estimular a adoção da criança nascida, ao invés de promover a sua morte legal. O direito à vida está, naturalmente, acima do ilusório conforto psicológico da mulher.

Para a Doutrina Espírita, só é admissível o aborto no caso em o nascimento de uma criança pusesse em perigo a vida da mãe. Nesse caso, seria preferível sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar o que já existe.

Oportunamente voltaremos a abordar este assunto, como forma de proporcionar aos nossos seguidores e leitores, maior reflexão sobre o tema.
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Fonte: O Livro dos Espíritos
           http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/aborto/o-aborto-na-visao-espirita.html
           http://www.e-familynet.com/artigos/articles.php?article=1608
           http://vida-depois-vida.blogspot.com/2007/05/o-aborto-na-viso-espirita.html

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Espírito se recorda de todas as existências anteriores a que acaba de deixar?

Esse é um questionamento interessante e parece muito com o relato de pessoas que após entrarem em coma, conseguem voltar a consciência. Muitos relatam verem passagens de sua vida, como se estivessem vendo um filme.

Assim mesmo se dá com o Espírito e todo o seu passado se desenrola diante dele, como as etapas de um caminho que um viajante percorreu. Mas, não se recorda de maneira absoluta de todos os atos. Lembra-se deles em razão da influência que tiveram sobre o seu estado atual.

Quanto às primeiras existências, as que se podem considerar como infância do Espírito, essas se perdem no vago e desaparecem na noite do esquecimento, da mesma forma que nós náo conseguimos lembrar de tudo de maneira absoluta.
Fonte: O Livro dos Espíritos, Questão 308.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Curiosidades Bíblicas - Desmistificando o Apocalipse

Talvez a passagem mais temida das Escrituras Sagradas seja o Apocalipse, pelo simbolismo que carrega e que vem sendo estudado ao longo de dois mil anos. Esse temor, também, está ligado ao fato de ter sido traduzido de forma errônea, em vez de Revelação, Apocalipse, que muitos atribuem como sinônimo de "fim do mundo". O Apocalipse, do Apostolo João, foi e é uma obra preciosa, cujo objetivo foi de grande sucesso, mantendo o povo de Deus unido em torno da fé, para enfrentarem as adversidades da época.

Agora descreverei a forma como o Apóstolo João, engendrou o Apocalipse. Na leitura a seguir, os números entre parenteses referem-se aos capítulos do Apocalipse e os demais a passagens bíblicas de outros livros.

inicialmente, para levar a efeito seu plano de manter o povo de Deus unido, João retoma os grande temas proféticos tradicionais, especialmente o do "Grande Dia" de Iahweh (cf. Am 5,18+): ao povo santo, escravizado sob o jugo dos assírios, dos caldeus e dos gregos, dispersado e quase destruído pela perseguição, os profetas anunciavam o dia da salvação, que estava próximo e no qual Deus viria libertar o seu povo das mãos dos opressores, devolvendo-lhes não apenas a liberdade, mas também poderio e domínio sobre seus inimigos, que seriam por sua vez castigados e quase destruídos.

No momento em que João escreve, a Igreja, o novo povo eleito, está sendo dizimada por uma sangrenta perseguição (13;6,10-11; 16,6; 17,6), desencadeada pelo Império romano (a Besta), por instigação de Satanás (12; 13,2-4), o adversário por excelência de Cristo e do seu povo. Uma visão inaugural descreve a majestade de Deus que reina no céu, dono absoluto dos destinos humanos (4) e que entrega ao Cordeiro o livro que contém o decreto de extermínio dos perseguidores (5); a visão prossegue com o anúncio de uma invasão de povos bárbaros (os partos), com seu tradicional cortejo de males: guerra, fome e peste (6). Os fiéis de Deus, porém, serão preservados (7,1-8; cf 14.1-5), à espera de gozarem no céu, de seu triunfo (7,9-17; cf 15,1-5).

Entretanto, Deus, que quer a salvação dos pecadores, não vai destruí-los imediatamente, mas lhes enviará uma série de pragas para advertí-los, como havia feito com o faraó e os egípcios (8-9, cf 16). Esforço inútil: por causa de seu endurecimento, Deus destruirá os ímpios perseguidores (17), que procuravam corromper a terra, induzindo-a a adorar Satanás (alusão ao culto dos imperadores da Roma pagã); seguem-se uma lamentação sobre Babilônia (Roma) destruída (18) e cantos de triunfo no céu (19,1-10).

Nesse ponto, uma nova visão retoma o tema da destruição da Besta (Roma) realizada desta vez pelo Cristo glorioso (19, 11-21). Então tem início um período de prosperidade para a Igreja (20,1-6), que terminará com um novo assalto de Satanás contra ela (20,7s), o aniquilamento do Inimigo, a ressurreição dos mortos e seu julgamento (20,11-15) e finalmente o estabelecimento definitivo do Reino celeste, na alegria perfeita, depois de ser aniquilada a morte (21,1-8). Uma visão retrospectiva descreve o estado de perfeição da nova Jerusalém durante seu reinado sobre a terra (21,9s).

Esta é a interpretação histórica do Apocalipse, seu sentido primeiro e fundamental. Mas o alcance do livro não para aí, pois trata de valores eternos, sobre os quais se pode apoiar a fé dos fiéis de todos os tempos.

Para melhor entendimento deste texto, leia também as duas postagens anteriores sobre o tema Apocalipse. Clique aqui para ler a primeira postagem. Em seguida, acesse a segunda postagem.
Se desejar se aprofundar no estudo do Apocalipse clique aqui.
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Fonte: A Bíblia de Jerusalém, Apocalipse - Introdução.
          http://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que é Vidência, na visão da Doutrina Espírita ?

O Livro dos Médiuns, nos ensina que, os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, guardando lembranças precisas do que viram, enquanto outros só a possuem em estado sonambúlico.

A possibilidade de ver os Espíritos em sonho é também uma espécie de mediunidade, mas não constitui propriamente a mediunidade de vidência, embora, para fins de classificação, alguns a considerem.

O médium vidente acredita ver pelos olhos,como os que tem dupla vista(*), mas na realidade é a alma que vê, e por essa razão eles tanto vêem com os olhos abertos ou fechados.

Devemos distinguir as aparições acidentais e espontâneas, da faculdade propriamente dita de ver Espíritos. As primeiras ocorrem com mais frequências no momento da morte de pessoas amadas ou conhecidas que vem adiverti-nos de sua passagem para o outro mundo. Existem numeros casos dessa espécie, sem falar das ocorrências de visões durante o sono. De outras vezes são parentes ou amigos que, embora mortos há muitotempo, aparecem para nos avisar de um perigo, dar um conselho ou pedir ajuda - é sempre a execução de um serviço que ele não pode fazer em vida ou o socorro das preces. Essas aparições constituem fatos isolados, tendo um caráter individual e pessoal. Não constituem uma faculdade propriamente dita. A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos frequente, de ver os Espíritos. É esta faculdade que define o médium vidente.

Existem médiuns videntes que vêem somente os Espíritos evocados, podendo descrevê-los com minuciosa exatidão, inclusive gestos, expressão fisionômica, traços característicos e sentimentos por eles revelados. Outros possuem a faculdade em sentido mais geral, que conseguem ver toda a população espírita do ambiente.

Feito esse preâmbulo concluímos que a vidência, para fins de classificação de fenômenos espíritas, é considerada como sendo uma mediunidade. Mesmo nos casos em que um Espírito amigo mostra um quadro projetado no ambiente astral, ainda assim, é o médium quem vê,embora exista ajuda na formação do quadro, mas não na visão propriamente dita.
(*) a ser abordado oportunamente. 
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Fonte: O Livro dos Médiuns
          http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-004.html
             http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/videncia-e-clarividencia.html

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Curiosidades Bíblicas - Entendendo o que seja Apocalipse.

Para entender os apocalipses, devemos  apreender a sua técnica e retraduzir em idéias os simbólos que ele propõe, sob pena de falsificar o sentido de sua mensagem.

Os apocalipses, - é isso mesmo, não existiu só um, tiveram grande êxito em certos ambientes judaicos nos dois séculos que preceram a vinda de Cristo.

Preparado já pelas visões de profetas como Ezequiel ou Zacarias, o gênero apocalíptico desenvolveu-se no livro de Daniel e em numerosas obras apócrifas escritas em torno da era cristã.

O Novo Testamento guardou em seu cânon apenas um apocalipse, cujo autor menciona seu próprio nome: João (1,9), que o escreveu exilado na ilha de Patmos, por causa de sua fé em Cristo.Uma tradição, representada já po são Justino e amplamente difundida no fim do século II, identifica-o com o apóstolo João, autor do quarto evangelho, muito embora, até o século V, as Igrejas da Síria, Capadócia e mesmo da Palestina não parecem ter incluído o Apocalipse no cânon das Escrituras, pois não o consideravam obra de um apóstolo. Alguns estudioso, por causa do seu estilo e certos pontos de vista teológicos, acreditam que realmente seja obra do apóstolo. Se não o foi, foi escrito por alguém do círculo de discípulos imediatos do apóstolo, pois está impregnado de seus ensinamentos. Não se pode duvidar de sua canonicidade.

Acredita-se que o Apocalipse bíblico, tenha sido composto durante o reinado de Domiciano, pelo ano 95 ou pelo de Nero nos anos 70. Independente disso, para compreender o Apocalipse, é indispensável recolocá-lo noambiente histórico que lhe deu origem: um periódo de perturbações e de violentas perseguições contra a Igreja nascente. E, nesse quesito, alcançou notável êxito, a exemplo dos apocalipse que o pcederam (especialmente o de Daniel) e nos quais manifestamente se inspira, é ele um escrito de circunstância, destinado a reerguer e a robustecer o ânimo dos cristãos, escandalizados, sem dúvida, pelo fato de que uma perseguição tão violenta se tenha desencadeado contra a Igreja daquele que afirmara: " Não temais, eu venci o mundo" (Jo, 16,33)

Assim, os apocalipses nada mais eram que peças literárias com enorme apelo religioso, incutindo coragem, ânimo para que os fiéis pudessem suportar as perseguições de que eram vítimas, nas primeiras eras da história da Igreja.

Em postagem oportuna voltaremos ao assunto, aprofundando o tema.
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Fonte: A Bíblia de Jerusalém
          http://pt.wikipedia.org/wiki/Zacarias_%28profeta%29
          http://pt.wikipedia.org/wiki/Nero
          http://pt.wikipedia.org/wiki/Ezequiel
          http://pt.shvoong.com/humanities/history/1694890-imperador-domiciano/

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O que vem a ser ideoplastia ?

Essa é uma pergunta interessante e foi efetuada por uma leitora da Colombia, que diz ter visto este termo ligado a fenômenos paranormais e deseja saber como o Espiritismo trata desses fenômenos.

O vocábulo "ideoplastia" foi criado pelo Dr. Durand de Gros,em 1860, para designar os principais caracteres da sugestibilidade e mais tarde, em 1864, o Dr. Ochorowicz o empregou para designar os efeitos da sugestão e da auto sugestão, quando ela faculta a realização fisiológica de uma idéia, como acontece nos casos da estigmatização.

Algum tempo depois, por volta de 1912, o Professor Richet o propôs, a partir de experiências por ele realizadas com duas médiuns, que assumiram as feições nítidas e incontestáveis de retratos e desenhos a elas mostradas anteriormente. Concluiu ele, que tal fato deveu-se a que a matéria viva exteriorizada é plasmada pela idéia. Vem daí a a significação do termo "ideoplastia" aplicado aos fenômenos de materialização mediúnica.

Cabe dizer, que este é um fenômenos que acontece com frequência nos centros espiritas onde trabalham médiuns que possuem um desenvolvimento mais acentuado.


Então, em resposta a nossa leitora, podemos dizer que a "ideoplastia" é um fenômeno de transfiguração que pode acontecer durante as manifestações dos Espíritos, principalmente quando a influência do desencarnado é muito intensa junto ao campo psicossomático do médium. Nesses casos o médium poderá assumir algumas feições do espírito comunicante, recebendo esse fenômeno o nome de ideoplastia.
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Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-004.html
             http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/ciencia/ideoplastia.html

terça-feira, 12 de julho de 2011

Curiosidades Bíblicas - Voce sabe o que significa Apocalipse?

Esta postagem, por certo, será objeto de grande controvérsia, como foram algumas anteriores, devido ao fanatismo que move algumas pessoas que levam ao "pé da letra" as Escrituras Sagradas. Esquecem essas pessoas, que trechos das Escrituras, para serem compreendidas, devem ser remetidas ao contexto cultural-histórico da época em que ocorerram os fatos narrados.
O termo "apocalipse" é a transcrição duma palavra grega que significa revelação; todo apocalipse supóe, pois, uma revelação feita por Deus aos homens, revelação de coisas ocultas e só por ele conhecidas, especialmente de coisas referentes ao futuro. É difícil definir a fronteira que separa o gênero apocalíptico do profético, do qual, de certa forma, ele não é mais que um prolongamento. A diferença básica está no fato de que os profetas ouviam as revelações divinas e as transmitiam oralmente; já o autor de um apocalipse recebia suas revelações em forma de visões, que ele consignava num livro. 

Vale salientar, que tais visões não tem valor por si mesmas, mas pelo simbolismo que encerram, pois num apocalipse tudo ou quase tudo tem valor simbólico: os núemros, as coisas, as partes do corpo e até as personagens que entram em cena. Assim, ao descrever uma visão, o vidente traduz em símbolos as idéias que Deus lhe sugere, procedendo por acumulação de coisas, cores, números simbólicos, sem se preocupar com a incoerência dos efeitos obtidos.

Essa técnica foi muito utilizada nos dois séculos que precederam a vinda de Cristo estendendo-se até o século II da era cristã. Poderíamos dizer, que em época mais recente, tais técniccas foram utilizadas por Nostradamus, em suas famosas profécias, embora tenha acrescentado a sua obra aspectos relacionados ao ocultismo. O princípio utilizado é o mesmo.

Brevemente , faremos nova postagem acerca do assunto, desta vez sobre o entendimento da técnica de escrever um apocalipse.
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Fonte: A Bíblia de Jerusalém - Introdução ao Apocalipse.    

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Há algum impedimento de mulheres grávidas participarem de reuniões mediúnicas?

Não é aconselhável. O processo reencarnatório do Espírito é uma experiência delicada que envolve muitos aspectos energéticos e psíquicos. 
Um deles é o estado psicológico da mãe que, sem sombra de dúvidas, se altera por alguns meses, enquanto aguarda a chegada do Espírito que lhe foi encaminhado como filho. Ela necessita de tranqüilidade, descanso e não deve se submeter a atividades que lhe exijam grandes perdas de energias de qualquer natureza. 

Sabe-se que, nas atividades de intercâmbio espiritual, há toda uma movimentação de fluidos energizados, podendo haver gastos que poderá ser prejudicial para a mulher em estado de gravidez. Além disso, há o aspecto do ser reencarnante. 

É sabido pela ciência oficial da extrema importância do equilíbrio e interação mãe-filho desde o ventre. Por conta disso é prudente que se isente a mulher grávida das tarefas da mediunidade. 

O melhor que ela poderá fazer será cuidar de ter seu bebê em paz. Ao fazê-lo, estará praticando a caridade maior, que é a de dar vida a um novo ser. Quando puder, retornará às suas atividades mediúnicas normalmente.
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Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-004.html