quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Curiosidades Religiosas: Como saber quando inicia cada Ano Litúrgico?

O QUE TODO CATÓLICO DEVERIA SABER - Cálculo do atual ano litúrgico
A Igreja deveria ensinar e divulgar informações sobre os chamados Anos Litúrgicos, mas essa informação parece ser de caráter interno. Mas, aqui vão algumas informações.

O Ano Litúrgico passa por três ciclos, também chamados de anos A, B, C. Cada ano tem uma sequência de leituras próprias, ou seja, leituras para o ano A, ano B e para o ano C. A organização das leituras próprias para cada ano possibilita ao católico estudar toda a Bíblia, desde que participe de todas as missas diárias ou estude a Liturgia Diária nesse período de três anos. Para saber de que ciclo é um determinado ano, parte-se deste princípio: o ano que é múltiplo de 3 é do ciclo C.
Para saber se um número é múltiplo de 3, basta somar todos os algarismos, e se o resultado for múltiplo de 3, o número também o é.
Exemplo:
·         1998 é 1+9+9+8 = 27 (é múltiplo de três) logo é ano C
·         1999 é 1 + 9 + 9 + 9 = 28 (27+1) = ano A
·         2000 é 2+0+0+0 = 2 = ano B
·         2001 é 2+0+0+1 = 3 = ano C
·         2002 é 2+0+0+2 = 4 (3+1) = Ano A
....
·         2018 é 2+0+1+8 = 11 (9+2) = Ano B
Logo, 2019 será um ano C.

Como se infere dos cálculos acima estamos no ano B: 2018 = 2+0+1+8=11 (9+2). O ano litúrgico
começa no advento do ano anterior, logo, o advento de 2017 é o início do ano litúrgico de 2018).
Aos nossos leitores desejamos uma boa leitura e apreensão.
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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Curiosidades Religiosas: O que são Tempos Litúrgicos?

Tempos litúrgicos

DIVISÕES DO ANO LITÚRGICO
Os Tempos Litúrgico são inerentes a Igreja Católica, havendo algumas variações entre os ritos, notadamente em relação a duração de cada um e a data e importância de determinadas festividades. Descreveremos aqui o  Rito romano.
1o. Tempo do Advento
O Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades 
do Natal, em que comemoramos a vinda do Filho de Deus entre os homens; é também um tempo em que, por meio desta lembrança, se voltam os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa expectativa da vinda do Messias, além de se apresentar como um tempo de purificação de vida. O tempo do Advento inicia-se quatro domingos antes do Natal e termina no dia 24 de Dezembro, desembocando na comemoração do nascimento de Cristo. É um tempo de festa, mas de alegria moderada. Basicamente, o Tempo do Advento é o tempo de preparação para o Natal.
Cada tempo litúrgico possui uma cor característica. No Advento a cor litúrgica é o Roxo sendo que no terceiro domingo do advento, também chamado de Domingo Gaudete pode usar-se a cor rosa.
Tempo do Natal(Ou  Ciclo do Natal)
Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal e suas primeiras manifestações. Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. O tempo do Natal vai da véspera do Natal até o domingo depois da festa da aparição divina, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria, mãe de JesusEpifania do Senhor e do Batismo de Jesus.
No Tempo do Natal a cor litúrgica é o Branco, simbolizando a paz e a harmonia.
Tempo da Quaresma

O Tempo da Quaresma é um tempo de conversão e penitência, jejum, caridade e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura quarenta dias. Neste período não se diz o Aleluia, nem se colocam flores na Igreja, as imagens ficam veladas com tecidos roxos, com exceção da cruz, que só é velada na Semana Santa, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Glória a Deus nas alturas, para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se segue - a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina no Domingo de Ramos.
No Quaresma a cor litúrgica é o Roxo sendo que no quarto domingo, o Domingo Laetare pode usar-se a cor rosa.
Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de “Ação ou Ato Litúrgico”.
Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer ato litúrgico, permanecendo em contemplação do Jesus morto e sepultado.
Na noite do Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Desta forma conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.
Tempo Pascal

A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinqüenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai, na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.
No Tempo Pascal a cor Litúrgica é a Branca, simbolizando a luz, tipificando a inocência e a pureza, a alegria e a glória do Senhor.
Tempo Comum

Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade os Mistérios de Cristo, em sua plenitude, principalmente aos domingos. É um período sem festividades, mas que nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo, chamado de Tempo Comum, é o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pela evangelização. O Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência dos ensinamentosl de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.
O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.
A cor litúrgica usada no Tempo Comum é o verde que simboliza esperança.
Festas de guarda

Baseando-se no terceiro mandamento da Lei de Deus (guardar os domingos e festas de guarda), a Igreja Católica estipula que todos os seus fiéis devem ir à missa em todos os domingos e festas de guarda. Por isso, esta obrigação está presente nos Cinco Mandamentos da Igreja Católica. A maior parte das festas de guarda sempre acontece num domingo (ex: Domingo de RamosPentecostesdomingo de PáscoaSantíssima Trindade, etc.), que já é o dia semanal obrigatório de preceito ou guarda. Então, as festas de guarda que podem não ser no domingo são apenas dez:
·         1 de Janeiro - Solenidade de Santa MariaMãe de Deus;
·         6 de Janeiro - Epifania
·         19 de Março - Solenidade de São José
·         Ascensão de Jesus (data variável - quinta-feira da sexta semana da Páscoa)
·         Corpo de Deus (data variável - 1ª quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade)
·         29 de Junho (ou domingo seguinte) - Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.
·         15 de Agosto (ou domingo seguinte) - Assunção de Maria
·         1 de Novembro - Dia de Todos-os-Santos
·         25 de Dezembro - Natal
Nem todos os países e dioceses festejam e guardam estes dez dias de preceito, porque, "com a prévia aprovação da Sé Apostólica, [...] a Conferência Episcopal pode suprimir algumas das festas de preceito ou transferi-los para um domingo".

Aos nossos leitores, uma boa leitura e boa apreensão.
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ano_lit%C3%BArgico

terça-feira, 27 de março de 2018

Curiosidades Religiosas: O que vem a ser Ano Litúrgico?

O Ano Litúrgico nasceu da necessidade de se organizar as comemorações religiosas cristãs, e tomou o nome de “Calendário Litúrgico”.
Inicialmente vamos fazer algumas distinções: O Ano Civil começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de Dezembro. Já o Ano Litúrgico começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele. Podemos perceber, também, que o Ano Litúrgico está dividido em “Tempos Litúrgicos”, como veremos a seguir.
Antes, porém, vale a pena lembrar que o Ano Litúrgico é composto de dias, e que esses dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do povo de Deus, principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pela Liturgia das Horas. Por esses dias serem santificados, eles passam a ser denominados dias litúrgicos. A celebração do Domingo e das Solenidades, porém, começa com as Vésperas (na parte da tarde) do dia anterior.
Dentre os Dias Litúrgicos da semana, no primeiro dia, ou seja, no Domingo (Dia do Senhor), a Igreja celebra o Mistério Pascal de Jesus, obedecendo à tradição dos Apóstolos. Por esse motivo, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa.
Cada rito litúrgico da Igreja Católica tem o seu Calendário Litúrgico próprio, com mais ou menos diferenças em relação ao Calendário Litúrgico do Rito romano, o mais conhecido. No entanto, para todos os ritos litúrgicos é idêntico o significado do Ano litúrgico, assim como a existência dos diversos tempos litúrgicos e das principais festas litúrgicas.
A Igreja estabeleceu, para o Rito romano, uma seqüência de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses dias são divididas em ano A, B e C. No ano A leem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.
Nos dias da semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos pares e para os anos ímpares, tirando o Evangelho, que se repete de ano a ano. Deste modo, os católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão lido quase toda a Bíblia.
O Ano Litúrgico da Igreja é assim dividido:
1.   Ciclo da Páscoa
3.   Tempo comum
4.   Ciclo santoral
Este Ano litúrgico da Igreja tem leituras bíblicas apropriadas para as celebrações de cada santo em particular. Aí estão as 15 solenidades e 25 festas, com leituras obrigatórias, as 64 memórias obrigatórias e 94 memórias facultativas, com leituras opcionais. O Calendário apresenta também 44 leituras referentes à ressurreição de Jesus Cristo, além de diversas leituras para os SantosDoutores da IgrejaMártires, Virgens, Pastores e Nossa Senhora.
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quarta-feira, 14 de março de 2018

Curiosidades Religiosas: Por que a Semana Santa não tem data fixa?

Uma pergunta que nem todo cristão sabe a resposta

Inicialmente cabe dizer que várias datas religiosas estão atreladas ao ano litúrgico. Os verdadeiros cristãos devem celebrar, viver e prolongar na sua vida a presença real do Senhor através da liturgia! A liturgia permite celebrar os mistérios da vida de Jesus ao longo do ano, tendo sua ressurreição como eixo. Esse ciclo é conhecido como Ano Litúrgico.
O Ano Litúrgico começa no 1º. Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele.
Mas por que a Semana Santa muda de data todo ano?
Muda porque a data da festa da Páscoa está ligada à páscoa judaica.
O povo judeu celebrava a páscoa, chamada também de “Festa da Liberdade”, comemorando o fim da escravidão e sua saída do Egito. Segundo o judaísmo, os hebreus devem celebrar todos os anos a festa da páscoa durante uma semana inteira, entre os dias 14 e 21 do mês de Nissan – dias que começam com a primeira lua cheia da primavera.
O mês de Nissan é o primeiro mês do calendário hebraico bíblico (Êx 12, 2), porque nesse mês o povo de Israel saiu do Egito. Tal mês cai entre os dias 22 de março e 25 de abril.
A festa da páscoa era fixada com base no ano lunar, e não no ano solar do calendário civil. Recordemos que, nas antigas civilizações, empregava-se o calendário lunar para calcular a passagem do tempo.
A partir daqui cabe responder alguns questionamentos adicionais que você, com certeza, iria fazer.
Por que os judeus celebram sua páscoa com a primeira lua cheia da primavera?
Porque havia lua cheia na noite em que o povo judeu saiu do Egito, e isso lhes permitiu fugir a noite sem ser descoberto pelo exército do Faraó, ao não depender de lâmpadas.
Mas o que a páscoa judaica tem a ver com a Páscoa cristã?
Na Última Ceia, realizada na Quinta-Feira Santa, os apóstolos celebraram com Jesus a páscoa judaica, comemorando o êxodo do povo de Israel, guiado por Moisés. Com isso, temos a certeza de que a primeira Quinta-Feira Santa da história foi uma noite de lua cheia.
E é por isso que a Igreja Católica coloca a Quinta-Feira Santa no dia de lua cheia que se apresenta entre os meses de março e abril. Então, a data da Semana Santa depende da lua cheia, por isso sua mobilidade.
Esta mobilidade afeta não somente as festas relacionadas à Pascoa, mas também o número de semanas do Tempo Comum; são as chamadas festas móveis, que variam todos os anos, juntamente com a solenidade da Páscoa, da qual dependem.
Antigamente, a Páscoa era celebrada exatamente no mesmo dia da páscoa judaica; mas uma decisão do Concílio de Niceia (ano 325) determinou que a Páscoa Cristã fosse celebrada no domingo (o domingo posterior à primeira lua cheia primaveral do hemisfério norte).
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